Agentes de saúde enviam à promotoria relatório sobre falta de condições de trabalho em Goiânia
*Publicada em 30.09.2020 às 18h20
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) estão tende dificuldades para atender a população goianiense. Diante da ausência de condições necessárias as quais deveriam ser ofertadas pelo Município, os trabalhadores produziram um relatório amplo e aprofundado elencando os principais obstáculos. O documento foi entregue, esta semana, à promotora de Justiça do Ministério Público de Goiás, Marlene Nunes.
Um dos problemas apontados no documento é a denúncia de que a prefeitura exigido um número alto de visitas domiciliares sem considerar os dispositivos de regulamentação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
Déficit de profissionais e sobrecarga
O déficit no quadro de agentes e a exigência para que eles absorvam a demanda gerada por áreas descobertas ou por afastamento de colegas também tem provocado queixas da categoria. O documento cita ainda ameaças de dissolução de equipes caso a equipe não realize 4.000 cadastros.
Outra queixa constante da categoria e consta no relatório é a troca frequente da plataforma de lançamento de fichas cadastrais e visitas domiciliares. Com isso, o agente acaba perdendo todo os seus lançamentos e é obrigado a recomeçar do zero. Além disso, boa parte das unidades de saúde não dispõe de equipamentos e computadores suficientes para realizar o lançamento.
Inquérito
A expectativa é que todos as informações contidas no documento sirvam de base para a abertura de um inquérito. O Sindsaúde tem dialogado constantemente com Ministério Público no sentido de buscar garantir condições adequadas de trabalho e a valorização da categoria.
