Centrais sindicais se unem para reforçar atuação no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas em defesa do servidor público
As principais centrais sindicais (CUT, CTB, UGT e outras) estão articulando uma agenda de mobilização junto a deputados federais, senadores e deputados estaduais para defender as pautas dos trabalhadores do setor público. As centrais se reuniram na quinta-feira (5) para afinar a atuação.
Um dos objetivos é ampliar e manter relacionamento com os parlamentares, tratando das medidas e projetos que impactam o mundo do trabalho e as propostas de interesse dos trabalhadores. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) vão fortalecer essa articulação.
Desvantagem
“Só no Congresso Nacional, há mais de 120 projetos de lei que retiram direitos, precarizam as relações de trabalho e minimizam o papel do Estado. Um exemplo, é a reforma administrativa (PEC 32) que vai afetar diretamente o servidor público”, explica o presidente do Sindsaúde-GO, Ricardo Manzi.
O presidente lembra que a composição da maioria do Congresso Nacional não tem sido favorável aos trabalhadores e que nos últimos 5 anos, vários projetos prejudiciais aos servidores foram aprovados. Vale ressaltar que o “engajamento do servidor público será crucial para o sucesso dessa inciativa”, frisa Ricardo.
Nos Estados
Mobilização semelhante também vai ocorrer nas assembleias legislativas dos estados e nas Câmaras Municipais. Cada estado contará com um grupo de centrais sindicais responsável pela mobilização. Ricardo Manzi destaca que a agenda política adotada tem sido prejudicial não apenas para o servidor público, mas para a população em geral, já que os serviços públicos também estão sendo alvo dessas políticas de desmontes.
O projeto de reforma da previdência enviado pelo governador e aprovada pelos deputados estaduais em 2019 impactou severamente o orçamento dos aposentados. Aquele que já havia contribuído durante ativa foi obrigado a voltar a pagar a previdência. A reforma também acabou com o quinquênio do funcionalismo público.
Em Goiás, a agenda de luta será coordenada pelo Fórum Goiano em defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania.