Durante audiência pública, Sindsaúde defende mais servidores concursados nos hospitais estaduais
*Publicada em 09.05.2019 às 16h20
A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, participou da audiência pública realizada nesta quinta-feira (9) pela Comissão de Saúde e Promoção Social da Assembleia Legislativa. Foram discutidas a crise no Hospital Materno Infantil e a realidade da saúde pública no Estado de Goiás. Entre os participantes do encontro que ocorreu no auditório Costa Lima, estava o atual secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.
Na ocasião, Flaviana voltou a manifestar preocupação com o modelo de terceirização da saúde adotado em Goiás. Ela destacou que apesar dos investimentos em organizações sociais, dados sobre o número de atendimentos nos hospitais não mostram avanços.
Mais concursados
Além disso, Flaviana ressaltou ainda que a rotatividade de profissionais terceirizados no Hospital Materno Infantil (HMI) tem sido alta e compromete o atendimento. “O Sindsaúde defende a realização de concurso público para diminuir essa rotatividade e aumentar o número de servidores efetivos, estáveis e com autonomia nos nossos hospitais”.
Ao reforçar a luta pela qualidade da saúde pública em Goiás e pela valorização dos servidores, o Sindsaúde cobrou mais investimentos na área. “Infelizmente, o nosso estado tem ficado em 22º lugar no ranking de investimento em comparação com outros estados do país. O que era para ser um piso, em Goiás virou teto” enfatizou.
Mesmo com um custo de R$ 116 milhões só em 2018, o hospital referência no Estado em assistência especializada de média e alta complexidade no atendimento materno e infantil continua enfrentando condições precárias de infraestrutura, de condições de trabalho e de atendimento.
Interdição
A respeito do pedido de interdição do HMI pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), Ismael Alexandrino, explicou que a Secretaria de Estado de Saúde já tem tomado as providências e que está fazendo a correção fragilidades apontadas pela auditora fiscal do trabalho, Jacqueline Carrijo. Segundo ele, das 30 observações feitas pela SRT, 13 já foram corrigidas e as demais serão resolvidas em 15 dias.
A audiência foi presidida pelo médico e deputado Gustavo Sebba (PSDB) e contou ainda com a participação do superintendente de Regulação da Secretária de Estado da Saúde, Sandro Rodrigues; da diretora técnica do Hospital Materno Infantil, Sara Gardênia; do superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Silvio José de Queiroz; e do deputado Helio de Sousa (PSDB).