Em reunião com secretário de saúde, Sindsaúde cobra pagamento de terceirizados do Hospital São Marcos, em Itumbiara
O Sindsaúde se reuniu com o secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vêncio, para tratar de assuntos de interesses dos servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), entre eles, o pagamento dos salários e verbas rescisórias dos ex-trabalhadores do Instituto Gênese, organização social que administrava até recentemente o Hospital Estadual São Marcos.
Na ocasião, o Sindicato expôs ao secretário a dificuldade enfrentada pelos trabalhadores terceirizados que ficaram sem o pagamento do salário e sem o recebimento do acerto trabalhista após o rompimento do contrato entre a SES e o Instituto Gêneses.
“A informação que o secretário nos deu é de que o Estado já tem os recursos para o pagamento desses trabalhadores. No entanto, o ele alega que falta apenas uma decisão judicial para assegurar legalmente o repasse da verba rescisória. Ele se comprometeu em buscar celeridade nesse processo e para garantir, quanto antes, o pagamento dos trabalhadores”, relata a presidente do Sindsaúde, Néia Vieira.
Paralisação
Os trabalhadores terceirizados realizam na terça-feira uma paralisação para protestar contra o atraso de salário e pelo pagamento de verbas trabalhistas. Com a faixas, cartazes e um carro de som, os funcionários cobraram a direção da OS e a intervenção da Secretaria de Saúde para solucionar o problema. O ato ocorreu na Praça Sebastião Xavier, em frente ao Hospital São Marcos.
O diretor do Sindsaúde e da Fenacsaúde, Ricardo Manzi, e o representante do deputado Mauro Rubem, Jeferson Brito, estiveram junto com os trabalhadores providenciando o suporte necessário para que a mobilização ocorresse.
Doação
Como forma de amenizar a situação dos profissionais até que recebam o pagamento, o movimento dos trabalhadores recebeu 15 cestas básicas doadas por um político da região. A distribuição foi feita de acordo com o grau de necessidade.
“Esperamos que essa situação seja solucionada o mais rápido possível porque essa luta não é de hoje, ela já dura vários dias. Nós vamos continuar mobilizados porque queremos chegar ao fim do ano com todos os nossos direitos respeitados e cumpridos“, frisou a técnica de enfermagem e coordenadora do movimento, Marli Goffi.
Terceirização
Diante dessa realidade que, mais uma vez, se repete nos hospitais estaduais terceirizados, o Sindsaúde cobra o retorno da administração dos hospitais públicos ao Estado, suspendendo assim, os contratos com as organizações sociais e pondo fim à adoção desse modelo de terceirização, que além de precarizar as relações de trabalho, é ineficiente e carente de transparência.