Em reunião no MPT, Sindsaúde busca soluções sobre salários atrasados e crise nas maternidades municipais de Goiânia

O Sindsaúde, representado pela presidenta Néia Vieira e pelo diretor Ricardo Manzi, que também é diretor da Fenacsaúde, participou nesta terça-feira (21), de uma reunião convocada pela promotora do Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), Milena Costa, para tratar da grave situação de salários atrasados, benefícios e condições de trabalho nas maternidades municipais de Goiânia, geridas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Também estiveram presentes o deputado estadual Mauro Rubem, representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Fundahc e trabalhadores da saúde.
A pauta principal foi a regularização urgente do pagamento de salários de dezembro, férias, segunda parcela do 13º salário e vale-alimentação dos trabalhadores, que enfrentam precariedade nas condições de trabalho, falta de insumos e medicamentos. O atraso afeta principalmente os profissionais das maternidades Dona Iris e Célia Câmara, gerando sérias dificuldades para os trabalhadores e comprometendo o atendimento às gestantes e recém-nascidos.
De acordo com informações da SMS, foram repassados, nesta terça-feira (21), R$ 11,6 milhões à Fundahc, valor que será utilizado para quitar os débitos pendentes. Desse montante, cerca de R$ 3,9 milhões serão destinados à Maternidade Dona Iris e R$ 4,35 milhões à Maternidade Célia Câmara, recursos que serão utilizados para regularizar os salários, segunda parcela do 13º, férias e vale-alimentação dos colaboradores.
Além disso, o deputado Mauro Rubem informou que a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) já aprovou o repasse de recurso para a Prefeitura de Goiânia, destinado exclusivamente à saúde.
A Fundahc se comprometeu a efetuar imediatamente o pagamento dos salários e benefícios assim que o recurso estiver disponível em conta. Além disso, foi destacado que o valor referente à complementação do Piso da Enfermagem, repassado pelo Ministério da Saúde, já está em posse da Fundahc e será pago juntamente com o salário de dezembro.
Outro ponto debatido na reunião foi a necessidade de regularizar os repasses futuros para garantir que situações como essa não se repitam. A Fundahc ficou responsável por apresentar à SMS, até esta quarta-feira (22), um plano de trabalho detalhado, revisando os valores e procedimentos contratados, para posterior aprovação no Conselho Municipal de Saúde.
A próxima reunião para dar continuidade às discussões está marcada para a próxima segunda-feira, dia 27 de janeiro, às 9h, no MPT-GO. Na ocasião, será avaliado o cumprimento dos encaminhamentos acordados, incluindo a apresentação do plano de trabalho pela Fundahc.
“Vamos continuar acompanhando de perto a situação e cobrando soluções imediatas e eficazes para garantir os direitos dos trabalhadores e a qualidade do atendimento nas maternidades. É inadmissível que os profissionais da saúde e a população continuem sofrendo os impactos da má gestão e dos atrasos nos repasses”, ressalta Néia Vieira.