Em última votação, reforma da previdência de Goiânia é aprovada sob protestos
Sob indignação dos servidor@s, foi aprovado hoje (25) em segunda e última votação, o projeto de Lei (PLC) 031/2018 que altera as regras da Previdência dos servidor@s municipais de Goiânia. A sessão que deu vitória ao prefeito Iris Rezende (MDB) por 18 a 1 foi bastante tumultuada e terminou com dois servidor@s presos pela Polícia Militar.
Somente no fim da manhã, após muitas discussões e desentendimentos, o presidente da Casa Andrey Azeredo, também do MDB, colocou o projeto em votação.
A sessão foi marcada por embates. Vereadores da oposição alegaram que a prefeitura está repassando áreas que não são dela ao IPSM em troca de R$ 800 milhões do Fundo Previdenciário. Já os vereadores da base do prefeito, argumentaram que a prefeitura tem um déficit de 500 milhões que precisa ser suprido.
Das 52 emendas, o projeto foi aprovado com 23 acolhidas pela Comissão do Trabalho após a primeira votação, realizada no dia 6 de setembro.
Tumulto
Até o placar foi polêmico. Dos 35 vereador@s, só votaram 19. Os parlamentares da oposição se sentiram prejudicados e alegaram que o presidente encerrou a sessão antes que eles tivessem concluídos seus votos.
“Foi um verdadeiro absurdo, um atropelo completo ao Regimento Interno. Na verdade, a Câmara Municipal se posicionou como um puxadinho da prefeitura municipal. Total submissão”, protestou o vereador Elias Vaz (PSB).
Ainda segundo o vereador, a Câmara atropelou o regimento ao votar um projeto que deveria passar também pela Comissão de Habitação e Urbanismo e não passou. “Vamos entrar na Justiça junto com os Sindicatos”, afirmou Elias Vaz.
Guarda Civil
A mobilização de membros da Guarda Civil Metropolitana (GCM) surpreendeu ao defender reforma. Parte da corporação estava bem paramentada. A outro grupo estava à paisana. Eles lotaram as galerias e entoaram gritos de ordem a favor do vereador Romário Policarpo (PTC), um dos maiores defensores do projeto.
Uma das emendadas acatadas, permite que os guardas da CGM se aposentem com 25 anos trabalho. O aumento da contribuição previdenciária também foi suprido.
Prisão
No momento da votação, os ânimos se exaltaram. Por pouco, o presidente da Câmara, vereador Andrey Azeredo, não foi atingido por ovos arremessados da galeria. Dois professores foram presos sob a alegação de desacato à autoridade. Em meio à ação da polícia na galeria, uma servidora passou mal e saiu amparada pela vereadora por uma vereadora.
O vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, lamentou o resultado lembrou que o movimento feito pelo presidente da Casa, Andrey Azeredo, junto com Executivo, teve o objetivo de coibir a participação dos servidores e criminalizar os movimentos sociais.
“Vimos hoje uma barbárie! Professores sendo algemados e presos. Reinou o cinismo, a brutalidade e o desprezo com o servidor público. Mas essa luta ainda não terminou e nós vamos atrás dos meios legais para anular essa decisão”, garantiu Ricardo.
Veja a relação dos vereadores que votaram a favor do projeto:
Alfredo Bambú – (PPR)
Anselmo Pereira – (PSDB)
Carlin Café – (PSS)
Paulo Daher – (DEM)
Edson Automóveis – (PMN)
Emilson Pereira – (PODEMOS)
Romário Policarpo – (PTC)
Gustavo Cruvinel – (PV)
Izídio Alves – (PR)
Kleybe Morais – (DC)
Markim Goya – (MDB)
Omar Conselheiro – (MDB)
Oséias Varão – (PSB)
Paulo da Farmácia – (PROS)
Rogério Cruz – (PRB)
Tiãozinho Porto – (PROS)
Welington Peixoto – (MDB)
Zander Fábio – (PATRIOTA)