ENFERMAGEM: indignados, trabalhadores realizam protestos em Goiânia e no interior
A mobilização dos profissionais da enfermagem (auxiliares, técnicos e enfermeiros) realizada no final da tarde desta quarta-feira (21) em frente Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, reuniu cerca de 1,5 mil manifestantes. A categoria cobrou o restabelecimento do piso da enfermagem, suspenso no dia 4 de setembro pelo Superior Tribunal Federal (STF).
Os trabalhadores usaram faixas, cartazes, bandeiras, apitos e carro de som para protestar. A categoria realizou uma caminhada em volta do Parque Areião e recebeu apoio de pedestres e motoristas.
“A decisão do STF foi injusta de suspender por 60 dias e agora a gente quer respostas do Congresso Nacional e do presidente da República onde está a fonte de custeio que garantir o pagamento do piso da categoria. A gente sabe que dinheiro tem. Tem dinheiro para orçamento secreto, então tem que ter dinheiro para pagar esses profissionais que dão a vida para cuidar de outra vida” defendeu a presidente do Sindsaúde-GO, Néia Vieira.
Hugol
Pela manhã, os profissionais protestaram em frente ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O trânsito das pistas da GO-070 chegou a ser interditado por alguns minutos. Ato reuniu cerca de 2,5 mil trabalhadores.
Interior
Protestos contra suspensão do piso salarial (Lei 14.434/22) também foram registrados em diversos municípios goianos. Goianésia, Nazário, Anápolis, Morrinhos, Itaguaru, São Luís de Montes Belos e Quirinópolis foram alguns deles.
Suspensão
A liminar do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso da enfermagem durante 60 dias foi confirmada pelo plenário do STF. O ministro atendeu a um pedido da Confederação Nacional da Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a norma que fixou o Piso Nacional da Enfermagem em R$ 4.750.