Evento realizado na PUC discute perseguição a movimentos sociais

Painel realizado nesta quinta-feira (2), no Auditório da Área IV da PUC-Goiás discutiu ameaças e perspectivas da democracia e dos movimentos sociais em Goiás. Entidades ligadas aos movimentos do campo relatam aumento da perseguição e intimidações. O presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, participou do encontro.

“Nos preocupa muito a tramitação de alguns projetos de leis do governo federal porque é uma forma de tentar criminalizar os movimentos sindicais e sociais. Perseguir qualquer manifestação contrária ao governo é um atentado à nossa democracia. O Sindsaúde entende ser fundamental a mobilização da sociedade para resguardar as garantias constitucionais do Estado Democrático de Direito” ressalta Ricardo Manzi.

Para Saulo Reis que é membro da Comissão Pastoral da Terra — Regional Goiás, o principal objetivo do evento foi denunciar atos autoritários que podem se transformar em perseguição. “Refletir sobre essa questão importante visto que o governo estadual tem colocado a polícia para monitorar os movimentos sociais ligados ao campo e suas lideranças, principalmente em assentamentos e acampamentos” alertou.

Saulo Reis acrescenta ainda que a decisão do governo de Goiás é uma afronta à democracia. “Hoje está acontecendo com as famílias do campo, mas amanhã pode acontecer com uma cooperativa, um partido ou com qualquer um. Isso não é política de segurança pública, é uma política de monitoramento e perseguição”, enfatiza.

Entenda

Recentemente, se tornou público um documento assinado pela 2.ª Seção do Estado Maior Estratégico da PM de Goiás, em que solicita a identificação e a qualificação das lideranças locais desses movimentos no município da Cidade de Goiás. Também foi pedido o quantitativo de pessoas em cada assentamentos e acampamentos.