Falta de transparência na reforma do Cais Cândida de Morais causa apreensão
*Publicada em 16.10.2019 às 13h10
A reforma do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Cândida de Morais localizado na Região Noroeste começou na segunda-feira (14) e será conduzida por etapas. Apesar de necessária e urgente devido às condições insalubres, as obras trouxeram apreensão. Serviços como o atendimento de urgência e emergência foram transferidos sem a devida comunicação aos usuários.
O Sindsaúde vem acompanhando a situação e ontem (15), voltou à unidade. Na ocasião, a secretária de Saúde do Trabalhador do Sindsaúde, Maria de Fátima Veloso, e a Secretária do Conselho Municipal de Saúde, Nara Costa, levantaram os principais problemas com o início da reforma.
“Entendemos que a reforma é extremamente necessária, mas o planejamento para a condução da obra e remanejamento dos profissionais foi falho. A prefeitura não informou a população sobre o local para onde os serviços prestados no Cais foram transferidos. Além disso, sequer, consta na unidade um aviso de que o prédio passa por reformas, valor, engenheiro responsável ou prazo de conclusão da obra”, alerta Maria de Fátima Veloso.
Reunião
Os trabalhadores ficaram bastante apreensivos com o início das obras uma vez que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chegou a informar que fecharia a completamente a unidade. No último dia 10, o Sindsaúde se reuniu com os servidores do Cais. “Defendemos alternativas para que a reforma ocorresse sem inviabilizar todo o atendimento à população e sem ter que descolocar desnecessariamente os servidores que nela atuam”, explicou a diretora do Sindsaúde, Iraní Tranqueira.
A Prefeitura acabou recuando da decisão de fechar a unidade. Para o Sindicato, deveria ter havido um maior diálogo com a população e com as entidades que representam os servidores.
“Por meio de uma prática totalmente antissindical, uma de nossas diretoras foi impedida de participar de uma reunião no Paço Municipal que discutia a situação do Cais. O Sindsaúde acredita que a postura condenável e prejudicial da gestão não contribui para a tomada de decisões saudáveis para o funcionalismo e para a população”, protestou a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves.
Serviços
O Sindsaúde considera que além da reforma estrutural, a população da Região Noroeste merece mais atenção. O Cais Cândida de Morais vem deixando de ofertar serviços importantes paulatinamente. Programas de combate ao tabagismo, ao diabetes, à obesidade, e à Hipertensão são alguns exemplos. “É uma questão de respeito com a população restabelecer o funcionamento desses programas”, conclui Fátima Veloso.