GOIÂNIA: Secretaria de Saúde nega falta de EPI’s e diz ter estoque para seis meses

*Publicada em 15.04.2020 às 11h16

O fornecimento adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e a necessidade de afastamento dos servidores em grupo de risco foram discutidos ontem (14), durante reunião por videoconferência entre o Sindsaúde, Conselho Municipal de Saúde, representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) e demais entidades do Comitê de Enfrentamento da Pandemia de Covid-19.   

Diante das cobranças de EPI’s em quantidade suficiente nos plantões, o superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Sílvio Queiroz, negou que tenha faltado EPI’s para os profissionais de saúde e que a entrega dos materiais tem sido disponibilizada de acordo com a necessidade.

Em resposta ao Sindsaúde, representado na ocasião pela Secretária Geral, Luzinéia Vieira, e às entidades, o superintende disse também que a Secretaria tem disponibilizado diariamente para cada profissional 6 mascaras para cada plantão de 12h e que Goiânia teria estoque para os próximos seis meses. Ainda segundo ele, todos os profissionais da linha de frente também passaram por capacitação.     

Outra preocupação do Sindicato é em relação aos profissionais acima de 60 anos e aqueles com comorbidades como doença cardíaca e respiratória, hipertensão, diabetes ou imunodeficiência. Questionado sobre as providências para garantir a segurança desses trabalhadores, o superintendente disse que 17 servidores foram afastados e avalia o afastamento de outros 67.   

Agentes de Saúde

O Sindsaúde questionou também a falta desses EPI’s para os servidores que atuam como Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A gestão afirmou que nesse caso, era dispensável o uso de máscaras porque os ACS fazem atendimento a uma “distância segura”. No entanto, os representantes da secretaria não souberam responder porque os mesmos estavam usando máscaras mesmo sendo da área administrativa.  

H1N1

Na ocasião, as entidades também cobraram o fornecimento de vacinas contra a Influenza A (H1N1) para aqueles profissionais de saúde que fazem a vacinação nos conselhos.

A secretária Geral do Sindsaúde reiterou por diversas vezes que o número de denúncias por falta de EPI’s de trabalho ainda é grande. Em face disso, ficou acordado que as entidades realizarão visitas às unidades de saúde com a participação do superintendente cujo intuito é checar se as condições básicas estão sendo assegurada aos profissionais.