GOIÂNIA: Sindsaúde leva reivindicações ao novo secretário de Saúde

Durante reunião com o novo secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, na tarde de ontem (2), o Sindsaúde apresentou a pauta de reivindicação dos trabalhadores da saúde e destacou a importância do diálogo para a construção de uma saúde pública com qualidade e eficiência assegurando inclusive, a valorização dos seus trabalhadores.  

Vale-alimentação

Uma das demandas discutidas foi o restabelecimento do vale-alimentação e da gratificação de produtividade para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) que foram readaptados. Segundo o entendimento da gestão, esses trabalhadores teriam perdido o direito aos benefícios.

A reunião articulada pelo diretor do Sindsaúde e vereador Mauro Rubem contou com a presença do presidente do Sindicato, Ricardo Manzi; a vice-presidente, Néia Vieira; e a secretária Geral, Flaviana Alves. “Mesmo que fora do campo, esses trabalhadores continuam produzindo e contribuindo com a atenção básica” justificou Ricardo Manzi. O Sindsaúde aparentará ainda nesta semana uma proposta para resguardar esses direitos.

Gratificação (covid)

O Sindsaúde também solicitou o pagamento de uma gratificação para os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente do enfrentamento à covid-19. O beneficia seria uma forma de reconhecer a papel imprescindível desses profissionais na pandemia.

Mesa de Negociação permanente

O Sindicato destacou a importância da restruturação da Mesa Municipal de Negociação Permanente. Flaviana Alves destacou que a instalação da Mesa seria um avanço importante para corrigir e prevenir muitos problemas na rede municipal.

Vacinação

Outra pauta tratada foi a vacinação para os trabalhadores da saúde. Ricardo Manzi expôs que muitos deles já deveriam ter sido vacinado, mas que a falta de um planejamento claro tem provocado incoerências no processo.

Nesse ponto, o secretário alegou que a SMS segue diretrizes recomendadas pelo Ministério da Saúde, mas diz reconhecer que o número de vacinas é insuficiente para atender inclusive, os prioritários. Durval estima que a capital necessitaria de cerca de 350 mil vacinas para atender idosos e profissionais de saúde.    

Plano de carreira

O Sindicato cobrou ainda a inclusão dos ACS e ACE no plano de carreira da saúde (Lei  8.916/2010). Mauro Rubem argumentou que as duas categorias sãos as únicas que não possuem um plano de carreira. Uma proposta de inclusão foi entregue ao secretário.

Data-base

O pagamento da data-base também é uma reivindicação importante mas não entrou na pauta porque já tinha sido tratada diretamente com a equipe de transição do governo, com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o presidente da Câmara Municipal. O compromisso é que o projeto de lei da data-base de 2020 e 2021 será enviado ao Legislativo. Um estudo do Dieese mostrou que a prefeitura possui margem financeira de 16,28% sem ferir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Outras pautas como, por exemplo, a necessidade de combater o desmonte à política de saúde mental, também foram discutidas. Todas elas foram acolhidas pelo secretário e a expectativa é que algumas delas sejam negociadas em breve. Ainda nesta semana, o Sindsaúde se reunirá com a chefia de gabinete da Secretaria de Saúde para agilizar a negociação.