Greve é deflagrada por servidores municipais de Senador Canedo

*Publicada em 03.04.2019 às 19h15

Os trabalhador@s municipais efetivos da Saúde de Senador Canedo estarão em greve a partir da próxima segunda-feira (8). A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (3) durante a assembleia geral, na Praça Criativa. O ato foi organizado pelo Sindsaúde em conjunto com sindicatos locais que também endossaram a paralisação.

Sem avanços nas negociações com a prefeitura, a interrupção dos serviços de saúde será por tempo indeterminado. A partir de segunda-feira, os trabalhadores estarão concentrados em frente à Secretaria Municipal de Saúde de Senador Canedo onde realizarão atividades de protesto.   

O Sindsaúde, Sindicanedo e outras entidades locais reivindicam reajuste salarial dos profissionais com formação técnica, padronização da carga horária para enfermeiros, farmacêuticos e psicólogos, pagamento da gratificação de produtividade dos analistas de saúde, pagamento do adicional de insalubridade aos demais servidores, cumprimento da gratificação por tempo de serviço e formação profissional, além da melhoria de condições de trabalho.

Diante das reivindicações legítimas e das várias tentativas de negociação com a prefeitura, a greve dos servidores era questão de tempo.  A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, explica que a gestão vinha sendo alertada da possibilidade de greve, uma vez que as negociações não avançavam.  

“Estamos tentando dialogar com o prefeito há dois anos e meio, e não obtivemos sucesso. Estamos sendo obrigados a tomar essa atitude em defesa dos direitos trabalhistas e da saúde em Senador Canedo”, expôs a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves.

O prefeito Divino Lemes (PSD) tem alegado falta de recurso financeiro e de margem na Lei de Responsabilidade Fiscal durante as tratativas. Diante disso, as entidades representativas dos servidor@s municipais chegaram a propor medidas ao prefeito como a diminuição do número de cargos comissionados no município com o intuito de equilibrar as contas. Mas a proposta não foi recusada.

De acordo com Flaviana, o prefeito será comunicado nesta quinta-feira (4) da decisão dos servidores e do início da paralisação que atenderá à Legislação respeitando o prazo de 72 horas.

Flaviana ressalta que os serviços de urgência e emergência serão garantidos, contudo o contingente de trabalhador@s poderá diminuir. Já para os demais serviços, a paralisação é geral, como no caso das Farmácias Populares e Agentes Comunitários de Saúde e Endemias.