Interdição do Cais Vila Nova: Caos na Saúde intencional?
O Centro Integral de Assistência à Saúde – CAIS Vila Nova, localizado na Av. Industrial, Setor Vila Nova, sofreu interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) nesta quinta-feira (5) em virtude de diversas não conformidades sanitárias identificadas no momento da fiscalização. No entanto, após reunião no início da noite de ontem (5) entre o Cremego e representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o atendimento médico fosse normalizado nesta sexta-feira (6).
Nesta manhã, em entrevista a diversos meios de comunicação, a presidente em exercício do Sindsaúde, Néia Vieira, salientou que o sindicato tem realizado visitas nas unidades de saúde, em conjunto com a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, resultando em denúncias recorrentes e audiências com o Ministério Público do Trabalho – MPT, para tratar sobre as péssimas condições sanitárias, estruturais, falta de medicamentos, insumos, segurança e déficit de profissionais nas unidades de saúde, incluindo o próprio CAIS Vila Nova. As ações do MPT têm desencadeado diversas condenações por parte da Justiça do Trabalho.
A presidenta destacou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia tem descumprido o planejamento de reforma das unidades de saúde prevista no Plano Municipal de saúde, aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde de Goiânia, aprofundando as péssimas condições de trabalho e de assistência aos usuários do SUS.
“A exemplo do que vem ocorrendo no CAIS Vila Nova, situações similares são identificadas em outras unidades de saúde. Parece ser uma conduta intencional o desmonte da saúde pública para justificar a privatização dos serviços de saúde”, alerta a presidente em exercício, Néia Vieira.
O Sindsaúde/GO intensificará as visitas nas unidades de saúde e ações de cobrança para que a SMS garanta a segurança e condições adequados de trabalho e de assistência digna aos usuários. O sindicato orienta ainda que os trabalhadores formalizem a denúncia de forma anônima enviando-a para o e-mail: denuncia@sindsaude.com.br