Prefeitura atrasa pagamento da primeira parcela do 13º e de vale-transporte para trabalhadores das maternidades

As maternidades de Goiânia enfrentam agora um novo capítulo da crise na saúde pública no município: o atraso no pagamento da primeira parcela do 13º e do vale-transporte. Esse atraso de direitos trabalhistas obrigatórios por lei é mais um dos problemas enfrentados pelas maternidades municipais ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os trabalhadores e trabalhadoras das  maternidades municipais já não estavam recebendo vale-alimentação e prestadores de serviços como lavanderias, padarias, empresas de higienização e segurança tiveram que interromper fornecimentos e atividades para as unidades de saúde por falta de pagamento.

Soma-se a todos esses problemas a ausência de condições de trabalho representada pela falta de insumos básicos e leitos para pacientes repercutidas pela imprensa há poucos meses. Há denúncias também sobre trabalhadores recebendo advertências por reclamarem dessas graves situações.

O diretor do Sindsaúde, Alonso Julião, expõe os prejuízos causados aos atendimentos nas maternidades de Goiânia diante do descaso da prefeitura.

“A falta de transparência e cumprimento dos direitos básicos afeta diretamente a vida e o trabalho dos profissionais de saúde, comprometendo a qualidade do atendimento prestado à população. É fundamental que as autoridades competentes tomem medidas imediatas para resolver essa situação” destaca.

Cobranças

Na próxima quarta-feira (5), o Sindsaúde participa com trabalhadoras e trabalhadores na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba de manifestação para cobrar direitos de diversas categorias da saúde que estão sendo ignorados pela prefeitura.

Entre as reivindicações do ato estão o pagamento do vale-alimentação, fornecimento de insumos e outros itens necessários para que o trabalho seja realizado, pagamento de prestadores de serviço e principalmente dos direitos obrigatórios como o 13º e o vale-transporte.