Publicação nacional do MPT destaca denúncia do Sindsaúde sobre estratégia de precarização para privatizar saúde em Goiânia
A Revista Labor 2023/2024, publicação nacional do Ministério Público do Trabalho (MPT), abordou as condições de trabalho dos profissionais da saúde em Goiânia. A publicação trouxe uma série de reportagens sobre as ações do MPT relacionadas à falta de condições adequadas de trabalho e destacou a atuação do Sindsaúde por denunciar a precarização intencional das unidades para justificar uma possível terceirização da rede municipal de saúde.
Na reportagem intitulada “A saúde dos que cuidam da nossa saúde”, a Revista Labor trouxe um raio-x das más condições de trabalho em que estão submetidos os trabalhadores da saúde na rede municipal de Goiânia. Em sua fala, o diretor do Sindsaúde, Ricardo Manzi, reitera o alerta de que há uma política de sucateamento do sistema de saúde municipal para legitimar o repasse de unidades públicas para a gestão privada.
Na reportagem, Manzi ressalta ainda que, mesmo com diagnósticos e relatórios apontados pelo Conselho Municipal de Saúde e outros órgãos, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia tem agido apenas de forma reativa, respondendo a ações judiciais, principalmente do MPT, ao invés de solucionar as questões estruturais e garantir condições dignas de trabalho e atendimento à população.
Mesa de Negociação
Outra falha apontada por Manzi, foi a falta de implementação da Mesa Permanente de Negociação no Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Goiânia. O dirigente explicou que a mesa é fundamental discutir condições e processos de trabalho, a saúde física e mental do trabalhador, além da qualidade de assistência ao usuário do SUS.
Ao longo de anos, o Sindsaúde tem se posicionado de forma firme e consistente na defesa dos direitos dos trabalhadores da saúde e da população, denunciando a precarização e cobrando melhorias das unidades.
“Esta visibilidade em uma publicação nacional reafirma a importância do nosso trabalho na luta por uma saúde pública de qualidade e pelas condições dignas para os profissionais do SUS”, afirma Ricardo Manzi.