Rachaduras, falta de insumos e até de álcool preocupam servidores do centro de saúde da Vila Canaã
O Sindsaúde estive no Centro de Saúde da Vila Canaã para averiguar denúncias de falta de condições de trabalho e de atendimento. “Nos deparamos com uma situação muito preocupante e que inclusive, oferece risco a servidores e usuários”, conta Irani Tranqueira, diretora do Sindicato. A visita ocorreu ontem (1.º).
Paredes com rachaduras, falta de recipientes adequados para o descarte de agulhas, falta de insumos, torneiras estragadas, cadeiras quebradas e infiltrações. Esses foram alguns dos problemas encontrados na unidade. “Essa unidade está pedindo socorro! É um absurdo que, em plena pandemia, faltem profissionais e insumos básicos como álcool, por exemplo”, protestou a secretária de Saúde do Trabalhador do Sindsaúde, Marlene Soares, que também participou da visita.
Para Irani Tranqueira, a unidade tem funcionado graças à persistência dos servidores. “Apesar de tantos obstáculos que deixaram a unidade em situação crítica, os servidores continuam se desdobrando para não interromper o atendimento aos usuários que procuram a unidade”, enfatizou.
Solidariedade
Segundo relatos dos trabalhadores, a situação estaria pior se não fosse a intervenção da comunidade local. Na medida que podem, os usuários fazem reparos improvisados na unidade como a construção da rampa de acesso e concerto das caixas coletoras de esgoto.
Na ocasião, o Sindsaúde coletou depoimentos e registrou em fotos a situação da unidade. O Sindicato pretende se reunir com usuários e com os conselhos local e municipal para discutir a gravidade do caso.
Para a secretária Geral do Sindsaúde, Flaviana Alves, que também é conselheira municipal de saúde, o Centro de Saúde da Vila Canaã necessita de reforma urgente. Flaviana lembra que foi publicada na edição do Diário Oficial do Município do dia 05/01/2021 uma emenda impositiva no valor de R$ 266.380,91 destinada a custear a reforma da unidade, mas até o momento “não saiu do papel”.
Hemocentro de Goiás
Na mesma ocasião, o Sindicato também visitou o Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Dr. Nion Albernaz (Hemogo). O Hemocentro é uma das unidades que pertence a Hemorrede Pública de Goiás e passou por reforma após sua terceirizado. A ampliação foi bancada pelo Governo de Goiás e custou R$ 9 mi (nove milhões).
Irani Tranqueira ressalta que a realidade é bem diferente daquela que se viu no Centro de Saúde da Vila Canaã. “Diante do que vimos na Vila Canaã e nas outras unidades, temos a impressão de que a estratégia adotada é sucatear para depois terceirizar. Isso é lamentável porque terceirização não combina com o SUS e, sequer, é sinônimo de bom atendimento” finaliza.
Veja alguns dos registros feitos no CS da Vila Canaã