Servidora é agredida na UPA Novo Mundo; Sindsaúde cobra segurança e estrutura nas unidades de saúde de Goiânia

 Servidora é agredida na UPA Novo Mundo; Sindsaúde cobra segurança e estrutura nas unidades de saúde de Goiânia

A trabalhadora Luciana Damascena Viana, Agente Administrativa da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, foi violentamente agredida por uma paciente na recepção da UPA Novo Mundo. Luciana, que cuidava da agenda de consultas, estava repassando informações quando a paciente, revoltada ao saber que o médico de plantão estava de férias, a agrediu com um capacete. O fato ocorreu na última sexta-feira (8).

A trabalhadora teve que ser atendida, levando quatro pontos no rosto, e precisou se afastar do trabalho para recuperação. Um boletim de ocorrência foi registrado, e Luciana já manifestou a intenção de buscar indenização pelo ocorrido.

Queria atestado…

A agressão ocorreu após a paciente ser informada de que as enfermeiras não poderiam fornecer um atestado médico, apenas uma declaração de comparecimento. A negativa fez com que a paciente pulasse o balcão de atendimento e iniciasse o ataque. A situação expõe uma realidade alarmante que tem causado insegurança e medo entre os demais trabalhadores da unidade.

As pessoas estão muito violentas“, lamentou a servidora, destacando o impacto da violência verbal e física no dia a dia dos trabalhadores. “A gente já tá até calejado das agressões verbais, mas a partir do momento que parte para agressão física, é demais. A gente tá ali trabalhando, e nada justifica alguém agredir outra pessoa”, desabafou.

Telefone inoperante…

A servidora acredita que a falta de infraestrutura básica também contribui para o agravamento de conflitos nas unidades de saúde. Segundo Luciana, os telefones da UPA Novo Mundo estão inoperantes há mais de um mês, impossibilitando a comunicação com os usuários para informar sobre a ausência de profissionais e evitando deslocamentos desnecessários.

O Sindsaúde tem cobrado reiteradamente da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia medidas para garantir a segurança dos trabalhadores nas unidades, bem como a urgente convocação de novos concursados para suprir o déficit de pessoal que sobrecarrega os atuais servidores.

Cobranças…

Na última prestação de contas do secretário Wilson Pollara, a diretora do Sindsaúde e conselheira municipal de saúde, Flaviana Alves, reforçou a necessidade de recompor a força de trabalho e melhorar a estrutura das unidades, como forma de assegurar um atendimento digno e eficiente.

O déficit de servidores é um problema grave, e a precarização das relações de trabalho agrava ainda mais a situação. Precisamos de mais profissionais e de uma estrutura adequada para que tanto os trabalhadores quanto a população possam ter segurança e qualidade no atendimento”, afirmou Flaviana Alves.

A diretora de Saúde do Trabalhador do Sindsaúde, Marlene Soares, que esteve em contato com a servidora agredida, reafirma o compromisso do Sindicato em lutar por condições dignas e seguras para todos os profissionais da saúde. “Continuaremos pressionando o poder público para que medidas efetivas sejam tomadas, garantindo a proteção dos trabalhadores e o direito da população a um atendimento humanizado e de qualidade”, reitera Marlene.

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