Servidores aprovam calendário de paralisação na rede municipal de Saúde de Goiânia

 Servidores aprovam calendário de paralisação na rede municipal de Saúde de Goiânia

Sem condições de trabalho, sem data-base e sem a garantia dos demais direitos previstos em lei, os servidores da rede municipal de Saúde de Goiânia elaboraram e aprovaram durante assembleia geral com indicativo de greve, nesta quinta-feira (15), um calendário de mobilização. Essa é mais uma tentativa de forçar o diálogo com a prefeitura. A primeira mobilização com paralisação vai ocorrer no Cais Novo Mundo no dia 20 de fevereiro, às 9h.

Hoje, quase no final da nossa assembleia, surgiu a possibilidade de uma reunião com o prefeito na próxima segunda-feira (19). Diante disso, a categoria avaliou que seria mais coerente aguardar o resultado desse encontro. No entanto, os servidor@s decidiram construir um calendário de mobilização com o objetivo de fortalecer o movimento antes de deflagrar greve geral no município de Goiânia”, explicou o vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi.

Assembleia Geral

Ricardo adianta que além do cronograma de mobilização, a nova assembleia com o indicativo de greve também já foi marcada. “Vamos insistir mais uma vez no diálogo e voltaremos a realizar uma nova assembleia no dia 8 de março, às 8h30, na Câmara Municipal. Se nada mudar até lá, o nosso movimento poderá evoluir para uma greve geral”.

Na tribuna

Ainda durante a assembleia, a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Goiânia para denunciar o descaso da prefeitura com os servidor@s da Saúde e com a população. O Sindsaúde também pediu o apoio dos vereadores para solucionar a crise na Saúde.

Flaviana destacou que uma greve traz transtornos para os trabalhador@s e principalmente para a população, mas que em muitos casos, ela acaba se tornando o último recurso do trabalhad@r. “Esse é o caso dos servidor@s de Goiânia. Infelizmente, a secretária de Saúde, Fátima Mrué, e o prefeito Iris Rezende não têm tomado providências e continuam ignorando o caos na Saúde”.

Na ocasião, os vereadores Jorge Kajuru (PRP), Dra. Cristina Lopes (PSDB), Paulo Magalhães (PSD), Clécio Alves (MDB) e Sabrina Garcêz (PMB) manifestaram apoio aos trabalhador@s. “Eu vou encaminhar com urgência um requerimento solicitando esclarecimentos do prefeito e da secretária sobre o andamento das negociações com a categoria”, prometeu a vereadora Sabrina Garcêz.

Condições de trabalho

A cobrança de melhoria nas condições de trabalho e o fornecimento do material adequadotêm sido uma das principais reivindicações. O Agente de Combate às Endemias da prefeitura de Goiânia, Leandro Gouveia, explica que – antes de comprar o seu próprio uniforme – a falta dele vinha dificultando o seu trabalho. “Não só eu, como outros colegas também foram impedidos de entrar em uma residência ou comércio porque não estávamos uniformizados. A falta de uniformes não transmite confiança ao morador e ai não tem como fazer a gente fazer o nosso trabalho”.

O diretor do Sindsaúde e presidente da CUT-Goiás, Muro Rubem, ressaltou que o momento é decisivo e que somente a união da categoria poderá barrar os retrocessos nos direitos da classe trabalhadora. “É desumano o que os servidor@s da saúde  e a população de Goiânia vêm enfrentando”. Ele ainda lembrou que no próximo dia 19 acontecerá em todo país uma Mobilização contra a Reforma da Previdência e que a “participação de todos será muito importante”.

Além da melhoria das condições de trabalho, do pagamento da data-base de 2017 e 2018, o Sindsaúde reivindica o descongelamento do Plano de Carreira (progressões e titulação); regularização do atendimento no Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), transferência da gestão para o servid@r; inclusão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e inclusão dos servidor@s administrativos na Lei do Plano de Carreira (Nº 8916/2010); realização de concurso público e pagamento da dívida junto ao IPSM.

Veja o cronograma de mobilização e paralisação aprovado pelos servidores da Saúde:

20/02: Cais Novo Mundo – 9h

21/02: Auditório multiuso, Área 3, PUC – Goiás, Setor Universitário – 13h30

(Próximo ao Hospital Araújo Jorge)

27/02: Cais Finsocial – 9h

01/03: Cais Bairro Goiá – 9h

08/03: Câmara Municipal de Goiânia (Assembleia geral com indicativo de greve) – 8h30

 

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