Servidores municipais de Goiânia podem deflagrar greve nos próximos dias
Insatisfeitos com a falta de resposta da prefeitura para suas reivindicações, servidor@s municipais de Goiânia, entre eles os da Saúde, realizaram um protesto na Câmara Municipal nesta terça-feira (5). Os trabalhador@s advertiram que, se até do dia 21 de junho o prefeito não negociar, o funcionalismo municipal poderá cruzar os braços. Uma assembleia com indicativo de greve foi marcada para esta data. Outra deliberação foi a realização de paralisações pontuais em Goiânia até o dia da assembleia.
Falta de diálogo
O ato unificado reuniu servidor@s da Saúde, Educação, Segurança e outras categorias do município de Goiânia no pátio da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira. Durante a mobilização, as entidades sindicais criticaram duramente a falta de diálogo da gestão de Iris Rezende com o funcionalismo e deram um ultimato ao prefeito.
“É inadmissível que essa gestão continue zombado do trabalhador. Além de não oferecer as condições de trabalho adequadas, a prefeitura tem ignorado completamente direitos fundamentais como a data-base (2017 e 2018), plano de carreira e o piso dos professores. Essa situação precisa mudar e os servidores já estão providenciando isso ” pontuou a diretora do Sindsaúde, Maria de Fátima Veloso.
Os problemas no atendimento do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) também foram alvos de críticas. Inúmeras denúncias apontam dificuldades para conseguir atendimento no Instituto. “A reivindicação é que o Imas passe a ser gerido pelos servidores e não por alguém indicado pelo prefeito”, defendeu os trabalhador@s.
A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, também não escapou das críticas. Os servidor@s exigem a sua saída imediata do cargo. Para o vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, Mrué já demonstrou que não consegue lidar com a complexidade da pasta. Ele acrescenta ainda que “todas as possibilidades de dialogo foram esgotadas e que a política de gestão da secretária resultou em um caos na rede municipal de Saúde”.
No plenário
Ainda pela manhã, os servidores deixaram o pátio e lotaram a galeria da Câmara Municipal para cobrar apoio do Legislativo nas suas reivindicações. Segurando faixas, os trabalhadores entoaram o grito de “data-base já”. Ao utilizar a tribuna em nome de todos os servidores, a presidente do Sintego, Bia de Lima ressaltou que “a má gestão de diversas áreas na Prefeitura, por exemplo, está prejudicando não só os servidores, mas toda a população, e isto é inaceitável. Vamos reagir e mostrar a força dos servidores públicos de Goiânia”.
Confira a pauta completa de reivindicações:
* Pagamento da data-base 2017 (4,08%)
* Pagamento da data-base 2018 (2,76%);
* Cumprimento integral do plano de carreira (titulação e progressões);
* Piso dos professores;
* Inclusão dos agentes comunitários de saúde e de combate as endemias;
* Inclusão dos servidor@s administrativos no plano de carreira;
* Reajuste do vale-alimentação;
* Imas gerido por servidores efetivos;
* Exoneração da secretária municipal de saúde.