Servidores terceirizados protestam na porta do Hugo
*Atualizada em 18.10.2018 às 11h42
Com os salários atrasados, um grupo de trabalhador@s do Instituto de Gestão em Saúde que administra o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) realizaram uma manifestação em frente ao hospital na noite de ontem (15). Eles reivindicam o pagamento do salário que está em atraso há 10 dias. A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, participou da mobilização.
Uns dos maiores hospitais do centro-oeste, sofre com problemas de gestão o que levou, inclusive a sua interdição pelo Ministério do Trabalho. Desde quinta-feira (11), Hugo está proibido de receber novos pacientes até que a situação seja regularizada.
A mobilização reuniu vários servidores com faixa e cartazes Indignados com o atraso com a precarização das relações de trabalho. Os salários deveriam ter sido quitados até o quinto dia útil do mês. Mas até ontem, técnicos e enfermeiros terceirizados estavam sem receber. Segundo relatos, os atrasos são constantes.
Verba
A OS culpa o atraso no repasse de parte da verba que chega a R$ 37 milhões. Nesta terça-feira (16), o Sindsaúde procurou a Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças (SGPF) da SES. Por telefone, a SES informou que teria repassado parte do valor em atraso para a OS. No entanto, o valor não foi revelado.
Já o Instituto Gerir informou, também por telefone, que ainda não recebeu o repasse do Governo. A organização social não soube precisar quando os salários seriam quitados já que isso, segundo ela, só será possível quando receber o repasse.
Precarização
Além do pagamento, os trabalhador@s enfrentam dificuldades para atender os pacientes. Flaviana Alves alerta que os servidor@s estão refém da falta de insumos e de medicamentos deixando-os constantemente sob pressão. “Injustamente, essa irresponsabilidade, muitas vezes, tem sido atribuída pelos pacientes ao trabalhador”, relatou.
A presidente reitera a urgência de uma solução. “Queremos que o Estado e a Gerir resolvam essa situação o quanto antes. O que não pode é o trabalhador e o paciente pagar a conta por essas irresponsabilidades. Ninguém quer assumir a culpa. É por isso que criticamos esse modelo de gestão”.
Na próxima quinta-feira (18), a categoria vai realizar uma assembleia para discutir alternativas diante da precarização no Hugo, onde será tratado inclusive sobrecarga de trabalho e assédio.