Sindsaúde debate crise na saúde em Goiânia e danos por gestão de OSs durante audiência pública na Alego

 Sindsaúde debate crise na saúde em Goiânia e danos por gestão de OSs durante audiência pública na Alego

O Sindsaúde debateu nesta terça-feira (12) os principais problemas da saúde pública em Goiânia e Goiás, por meio de audiência pública promovida pela deputada estadual Bia de Lima, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A inciativa teve como tema “O Fortalecimento Do Sistema Único de Saúde (SUS) – Um Direito da População de Goiânia e de Goiás”.

 A presidenta do Sindsaúde, Néia Vieira, compôs a mesa diretiva da reunião, apresentando as denúncias recebidas pelo sindicato relativas à saúde pública em Goiânia e estadual, além de informar sobre a luta para defender os trabalhadores da saúde e usuários do SUS diante dos problemas enfrentados.

Também compuseram a mesa diretiva, a deputada federal Adriana Accorsi (PT); o procurador-geral de contas de Goiânia, José Gustavo Athayde; superintendente estadual do Ministério da Saúde, Lucas Vasconcellos; presidente do Conselho Municipal de Saúde, Venerando Lemes e presidente do Sindicato dos Médicos do Estado De Goiás (Simego), Franscine Leão; a presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde no Estado De Goiás (Fehoesg) e do Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs), Christiane do Valle; representante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Goiás (Apae Goiás), Rodolpho José Barbosa Júnior; médica intensivista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia (SAMU), Tânia Cristina; e a representante do Conselho Estadual de Saúde, Celidalva Bittencourt.

Acompanharam o debate o vice-presidente do Sindsaúde e diretor da Fenasce, Aliandro Paulo, o diretor do Sindsaúde e Fenacsaúde, Ricardo Manzi, e a diretora do Sindsaúde, Flaviana Alves.

Discussões

Os componentes da mesa concordaram que a saúde em Goiânia “está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”. Isso se comprova por meio de denúncias relatadas pelos participantes do debate, que reforçaram a gravidade da crise no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outros problemas como a dificuldade para marcar exames e conseguir internações.

Outra reclamação dos componentes da mesa foi sobre a gestão de diversas instituições de saúde que ocorrem por indicações políticas sem nenhum critério técnico para a escolha. O Sindsaúde tem questionado esse aspecto principalmente em relação à gestão do Samu, que possui apenas coordenadores administrativos, sem responsáveis ou coordenadores técnicos de enfermagem e médicos. Problemas como esse comprometem a administração técnica e resultam igualmente em falta de pessoal.

A médica intensivista do Samu, Tânia Cristina, se emocionou ao falar da situação da categoria. Ela expôs mais uma vez a falta de médicos para atuar no serviço, assim como a de ambulâncias, e as perseguições e remoções sofridas por trabalhadores que questionam e denunciam os problemas do Samu.

Em nível estadual, o principal problema apontado foi a gestão das Organizações Sociais (OSs) que não está pagando trabalhadores e prestadores de serviços. Por isso, alguns atendimentos como coletas laboratoriais paralisam frequentemente por falta de pagamento das OSs e trabalhadores recebem calotes após a finalização de contrato de hospitais e policlínicas com essas entidades gestoras.

A presidenta do Sindsaúde relembrou a luta do sindicato contra a gestão das OSs, que continua acontecendo, e infelizmente se tornou ainda mais urgente após troca recente das OSs gestoras do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) e do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), as quais resultaram na demissão de trabalhadores sem pagamento de rescisões e salários.

O Sindsaúde e outros representantes da mesa defenderam também, tanto em âmbito estadual quanto municipal, a contratação por meio de concursos públicos, para evitar o descumprimento de direitos trabalhistas.

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud