Sindsaúde/GO e SIEG protocolam ação na Justiça para barrar contratações temporárias rotineiras na Prefeitura de Goiânia

 Sindsaúde/GO e SIEG protocolam ação na Justiça para barrar contratações temporárias rotineiras na Prefeitura de Goiânia

O Sindsaúde/GO e o Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (SIEG), com a contribuição do mandato do deputado estadual Mauro Rubem, protocolaram na Justiça uma Ação Civil Pública (ACP) contra contratações temporárias e precarizantes, como credenciamentos feitos pela Prefeitura de Goiânia. No dia 8 de novembro, a gestão do município publicou edital para o credenciamento de mais de 3 mil profissionais de diversas especialidades.

A ACP tem como objetivo suspender de forma imediata esse tipo de contratação e a convocação, também urgente, dos aprovados no Concurso Público nº 01/2020, que teve seu período de chamamento prorrogado. A convocação de concursados é a única maneira de garantir um trabalho digno para esses profissionais, com todos os direitos previstos em lei.

A presidenta do Sindsaúde, Néia Vieira, expõe como esse tipo de contratação temporária tem prejudicado os serviços públicos de saúde. “O uso abusivo de credenciamentos e temporários como substituição aos concursados não só precariza o trabalho, mas também prejudica o funcionamento adequado do Sistema Único de Saúde (SUS). A saúde pública exige estabilidade e continuidade, o que só pode ser alcançado com a nomeação dos aprovados” alerta.

A rotatividade desses trabalhadores temporários resulta em problemas como os vistos atualmente nas unidades de saúde em Goiânia: descontinuidade de serviços, sobrecarga de profissionais efetivos e, consequentemente, prejuízos aos atendimentos dos usuários do SUS.

Manifestação pela convocação de concursados em frente ao Paço Municipal

Histórico

Na ACP os sindicatos denunciam que a Prefeitura de Goiânia tem banalizado essas contratações precarizantes, as quais devem ser usadas apenas em casos excepcionais.

O deputado estadual e diretor do Sindsaúde, Mauro Rubem, reafirma a importância de reverter esse quadro de precarização. “Temporários e credenciados foram pensados para situações excepcionais, mas vêm sendo usados como regra. Isso enfraquece a gestão da saúde pública e desrespeita o esforço dos aprovados em concurso, que aguardam sua nomeação para cargos já previstos no planejamento do serviço público”, relembra.

Manifestação a favor da convocação de concursados em frente ao Cais Campinas

Diante dessas situações que vêm se repetindo e causando danos irreparáveis à saúde pública, o Sindsaúde viu necessidade de protocolar a ACP e vai também protocolar uma notícia de fato no Ministério Público de Goiás (MPGO), solicitando a investigação das irregularidades nas contratações e credenciamentos realizados pela Prefeitura. O Sindicato espera que essas investigações resultem na responsabilização de gestores e cumprimento das normas constitucionais.

Marcel Farah, advogado do Sindsaúde, reforça as medidas legais para a convocação de concursados como uma das medidas para melhoria dos SUS em Goiânia. “O uso descontrolado de credenciamentos e contratações temporárias criou um cenário de desorganização na saúde pública de Goiânia. Convocar os aprovados no concurso é uma medida estruturante, que atende à legalidade e à eficiência” enfatiza.

Audiência pública para convocação de concursados

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