Sindsaúde participa de Audiência Pública sobre valorização dos profissionais da Vigilância Sanitária de Goiânia

 Sindsaúde participa de Audiência Pública sobre valorização dos profissionais da Vigilância Sanitária de Goiânia

Nesta terça-feira (11), o Sindsaúde participou em audiência pública, na Câmara de Goiânia, do debate para a valorização dos profissionais da Vigilância Sanitária. Os profissionais da área no município estão enfrentando o risco de mudança de uma sede com problemas estruturais para outra que teria problemas ainda mais graves de acessibilidade e segurança em casos de incêndio, por exemplo. Isso foi constatado em fiscalização do Sindsaúde e do Sindicato dos Funcionários da Fiscalização Municipal de Goiânia (Sindiffisc).

Durante a audiência, a presidenta do Sindsaúde, Néia Vieira, revelou estranhamento em relação à decisão da prefeitura de Goiânia em abrir mão de uma reforma em um prédio que já é próprio, para alugar por R$ 50 mil outro prédio que também precisa de reformas. A presidenta mencionou que isso é ainda menos apropriado diante dos inúmeros problemas prioritários que a Saúde municipal enfrenta no momento.

“Nós estamos aí com unidades que não têm soro. Temos precariedades várias na prefeitura de Goiânia e de repente a prioridade zero virou a mudança do prédio, com o pagamento de R$ 50 mil reais e a reforma de um prédio que não é próprio”, revela Néia.

 O diretor do Sindsaúde Ricardo Manzi relembrou o papel da Vigilância Sanitária no caso da Boate Kiss, no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Ele complementou a fala lembrando que essa categoria de profissionais envolvidos na fiscalização de diversas situações de risco para os cidadãos também podem enfrentar riscos no futuro local de trabalho em Goiânia.

“Nós estamos falando de um prédio que pode colocar em risco a vida desses trabalhadores e também dos contribuintes que lá frequentam. Se não há laudo que garanta que o atual prédio da Vigilância Sanitária não possa passar por uma reforma, então porque não é aguardado um estudo detalhado para que possamos garantir a adequação do prédio?” questiona Ricardo.

No dia 28 de maio, o Sindsaúde protocolou uma representação junto ao Ministério Público Estadual (MP) questionando o pedido de desocupação da atual sede da Vigilância Sanitáriade Goiânia, solicitado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Posicionamento de trabalhadores e prefeitura

Arquitetos e outros trabalhadores da Vigilância Sanitária se manifestaram durante a audiência informando que enfrentam problemas estruturais como falta de internet, problemas com elevadores e outros na sede atual, mas afirmam que isso tende a ser ainda pior no espaço escolhido pela prefeitura. De acordo com os servidores, a escada do novo local não comporta pessoas subindo e descendo ao mesmo tempo, o que pode dificultar a passagem em casos de incêndio.

O prédio escolhido para a mudança tem 8 pavimentos e um único elevador, que em situações de manutenção pode trazer prejuízos à acessibilidade.  Além dessa, outra reclamação dos trabalhadores é que o novo estacionamento comporta menos vagas e não deve funcionar no período noturno, impedindo a permanência de carros dos servidores desse turno e que sejam guardados veículos da vigilância.

A prefeitura, representada pelo diretor da Vigilância Sanitária, Leonardo Catoira, alegou que enfrenta dificuldades em encontrar prédios em condições que atendam a todas a exigências dos trabalhadores. Isso é ainda mais difícil considerando que atual gestão da prefeitura está nos últimos meses do atual mandato, por isso donos de prédios não querem alugar e correr o risco dos pagamentos não serem cumpridos pela próxima gestão, segundo o diretor.

Leonardo afirmou também que se o prédio considerado para ser o novo espaço de trabalho for realmente escolhido, deve passar por uma reforma antes do funcionamento. Diante de questionamentos apresentados, ele também informou estar disponível para receber sugestões de prédios.

Encaminhamentos

Ao final da audiência, ficou decidido que será formado um grupo de trabalho formado por representantes do vereador Fabrício Rosa e por entidades como o Sindicato dos Funcionários da Fiscalização Municipal de Goiânia (Sindiffisc), Sindsaúde e Conselho Municipal de Sáude, além de representantes da prefeitura. O grupo vai debater a situação com o MP e convocar reuniões sempre que necessário, até a resolução do problema.

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