Sindsaúde reafirma posição contrária à criação de consórcio para gerenciar o SAMU de Anápolis
O Sindsaúde-GO reforçou, durante audiência pública na Câmara Municipal de Anápolis na noite de sexta-feira (8), sua posição contrária à proposta do Governo de Goiás de criar um Consórcio Intermunicipal de Saúde para gerenciar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da Regional Pirineus.
Representando os trabalhadores e trabalhadoras diretamente impactados pela medida, estiveram presentes o vice-presidente do Sindsaúde e diretor da Fenasce, Aliandro Paulo, e as diretoras Keyla Vaz e Silva Regina. Aliandro destacou que o SAMU de Anápolis é referência e que não há justificativa técnica para desmontar a estrutura atual. “Pelo que se vê, a decisão já está tomada, inclusive com local definido para funcionamento do consórcio”, alertou.
A proposta do governo foi discutida com representantes de municípios da região, entidades de classe, conselhos de saúde, Ministério Público e parlamentares. Entre as principais preocupações levantadas estão:
- Desmonte da estrutura atual do SAMU em Anápolis;
- Possível envio de pacientes para hospitais particulares e falta de clareza nos critérios de encaminhamento;
- Tempo de resposta no atendimento aos municípios consorciados;
- Sustentabilidade financeira do modelo, questionando se os municípios terão condições de manter suas cotas;
- Destino dos recursos públicos, que poderiam ser aplicados para fortalecer a rede pública municipal;
- Situação dos trabalhadores, especialmente os efetivos e contratados;
- Risco de sucateamento proposital para justificar a mudança.
Para o sindicato, a solução está em fortalecer a gestão municipal, ampliar a frota com recursos federais, otimizar a comunicação e garantir transparência na aplicação das verbas e não transferir a gestão para um consórcio.
O Sindsaúde afirma que continuará lutando e atuando firmemente para que o SAMU permaneça sob gestão municipal, defendendo os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e garantindo à população um atendimento de urgência rápido, gratuito, de qualidade e 100% público.