Sindsaúde vai ao Ministério da Saúde em busca de socorro para o Samu de Goiânia

Em busca de soluções para a crise no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia, representantes do Sindsaúde-GO se reuniram com técnicos do Ministério da Saúde na tarde de quarta-feira (26).
A agenda com a coordenação nacional do Samu foi solicitada pela deputada federal, Adriana Accorsi (PT). A presidenta do Sindsaúde, Néia Vieira, e o deputado estadual Mauro Rubem (PT) lideraram a comitiva e ressaltaram a gravidade da situação, destacando que tanto servidores quanto a população estão sendo duramente afetados pelo desmonte do serviço.
Segundo Néia, o desmonte do Samu é aparentemente intencional, utilizado pela gestão municipal como justificativa para a privatização dos serviços. Ela relatou que a população enfrenta sérias dificuldades em obter socorro, já que os telefones do Samu estão inoperantes há três dias. “A gestão de Goiânia está prejudicando diretamente a vida dos cidadãos ao desmontar propositalmente um serviço essencial como o Samu“, afirmou.
Os técnicos do Ministério da Saúde consideram a situação em Goiânia extremamente preocupante e confirmaram que a prefeitura ainda não comunicou qualquer adequação para corrigir os problemas identificados. Por essa razão, o município permanece inelegível para o recebimento de novas ambulâncias do Ministério da Saúde.
Auditoria revelou problemas críticos
Os representantes do Ministério da Saúde informaram que a questão das ambulâncias é apenas a ponta do iceberg. Durante a auditoria realizada no final de 2023, foram identificados diversos problemas, incluindo equipes insuficientes, falta de infraestrutura adequada e ambulâncias sem as mínimas condições de atendimento.
Essas conclusões levaram os auditores a recomendar, em janeiro de 2024, a suspensão do repasse para o funcionamento de sete ambulâncias do Samu, além da falta de alimentação dos sistemas de informação pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).
Em maio deste ano, o Ministério da Saúde formalizou a suspensão do repasse de recursos ao município, justificando que a verba não estava sendo utilizada adequadamente para a manutenção da frota de ambulâncias. A presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, expressou a esperança de que a reunião em Brasília impulsione medidas corretivas e uma solução definitiva para os problemas enfrentados pelo Samu de Goiânia.
Privatização
Na tentativa de terceirizar a responsabilidade com o Samu, o município de Goiânia publicou novo chamamento no Diário Oficial (DOM) de terça-feira (25), contrariando a representação do Ministério Público de Contas de Goiás (MPC-GO), emitida no início deste mês de julho, contra a contratação de empresa especializada na prestação de serviços para o Samu.
Audiência pública
A presidenta solicitou que a equipe do Ministério da Saúde possa vir a Goiânia para discutir a situação com a Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público, sindicatos e trabalhadores.
Além da presidente do Sindsaúde-GO, Néia Vieira, participaram da reunião o deputado estadual Mauro Rubem, a deputada federal Adriana Accorsi, o vice-presidente do Sieg, Adalberto Meira, a representante da Coordenação-Geral de Urgência/DAHU, Laisa Morais da Silva, o coordenador-geral da Assessoria Parlamentar/ASPAR, Marroni dos Santos Alves, e o técnico orçamentário da Assessoria Parlamentar/MS, Haroldo.