Servidores de Anápolis rejeitam proposta da prefeitura para testagem

*Publicada em 11.09.2020 às 15h10
Durante assembleia virtual realizada ontem (11), os trabalhadores municipais da saúde de Anápolis votaram por rejeitar a proposta da prefeitura de testar apenas alguns profissionais de saúde. A gestão propôs, em audiência com o Ministério Público do Trabalho, testar somente os trabalhadores das unidades de referência para a Covid-19.
Além disso, a prefeitura só se comprometeu a testar 50% desses servidores pelo método RT- PCR, os outros 50% seriam testados por sorologia. O médico é quem decidiria o método mais adequado.
Preocupados com a segurança dos profissionais de saúde, o Sindsaúde havia pedido a intermediação do MPT. A reivindicação do Sindicato é que todos os trabalhadores da saúde (sintomáticos e assintomáticos) sejam testados a cada 15 dias pelo método RT-PCR independentemente do local de trabalho.
“O que vimos até agora é o prefeito utilizar os recursos de testagens para fazer barganha política destinando-os somente à população. Os profissionais de saúde necessitam receber a devida atenção, incluindo a testagem conforme prevê a Lei Federal 14.023/2020. Eles precisam estar em condições para continuar prestando um bom atendimento”, alertou o presidente do Sindsaúde-GO, Ricardo Manzi.
Técnico de laboratório
Outra pauta da assembleia foi a denúncia de irregularidade na jornada de trabalho dos técnicos de laboratório. Os profissionais têm sido escalados para cumprir jornadas semanais que ultrapassam a carga horária prevista na Lei Complementar nº 213/2009 que é de 20 horas semanais.
O Sindsaúde entende que a gestão deve possibilitar o cumprimento conforme previsão legal e que se houver horas trabalhadas a mais a gestão deve prover a compensação remuneratória desses trabalhadores. A orientação é que os trabalhadores procurem o departamento jurídico do Sindicato para buscar o cumprimento desse direito na Justiça. Na ocasião, a assessoria irá realizar um checkup da situação de cada servidor.
Ato
Uma manifestação ficou agendada em frente à UPA de Anápolis para denunciar a situação desses profissionais e para reivindicar o cumprimento de demais direitos trabalhistas como progressão, titulação, condições de trabalho, entre outros.