A história se repete – Trabalhadores terceirizados do Hugo estão com salários atrasados

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema único de Saúde do Estado de Goiás vem recebendo muitas denúncias de salários em atraso de trabalhadores/as do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que atualmente é gerido por uma Organização Social (O.Ss). Os colaboradores do Instituto CEM, relatam que até a manhã desta sexta-feira (11), não receberam o pagamento do salário referente ao mês de janeiro.

Trabalhadores terceirizados, mais uma vez, se veem apreensivos diante do atraso no salário. Como já dizia Karl Marx, a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Nos últimos períodos as organizações sociais que estão na gestão do Hospital de Urgências apresentaram problemas. O Instituto Cem é a quarta organização social a passar pelo hospital em menos de 10 anos.

Preocupado com a situação, o Sindsaúde recorreu ao Ministério Público do Trabalho. Protocolou denúncia referente ao atraso no pagamento salarial de pelo menos 150 empregados/as, que estão clamando por ajuda nesse momento difícil que a economia do país passa. Hoje em dia, tudo está caro. Trabalhadores e trabalhadoras não podem ser penalizados/as, pois prestaram serviços ao longo do mês e, considerando ainda, que o salário é verba alimentar, que coloca o pão na mesa das famílias e permite que ele honre seus compromissos, trata-se de uma situação de extremo desrespeito.

O Sindsaúde sempre alertou e se posicionou contra esse modelo de terceirização por considerá-lo, além de fator precarizante, ineficiente e frágil quando se trata de transparência. Como alternativa, a entidade defende a gestão direta dos hospitais feita pela Secretaria de Saúde com a contratação de servidores concursados e devidamente qualificados de modo a assegurar mais segurança ao trabalhador e à trabalhadora, e aos usuários do SUS.