ANÁPOLIS: terceirização na rede municipal de saúde é retrocesso para usuários e servidores

A prefeitura de Anápolis segue determinada a terceirizar parte do serviço municipal de saúde. No último dia 29, a gestão publicou no Diário Oficial do Município, a qualificação do Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC) como organização social apta a prestar serviços para a Secretaria Municipal de Saúde. Por ora, a intenção da Administração é terceirizar a atenção primária.

A adoção do modelo de gestão terceirizada é um retrocesso para a população Anapolina e para servidores. Talvez, seja por isso, que a decisão, não foi – sequer – levada ao conhecimento do Conselho Municipal de Saúde. Além disso, terceirizar serviços públicos é admitir a incapacidade de se administrar.

Vale lembrar ainda que esse mesmo modelo foi adotado nos hospitais estaduais com a proposta de melhorar e ampliar o atendimento. No entanto, não se constatou a melhoria da qualidade no atendimento para a população e o que se viu, foi a precarização das condições de trabalho, e a falta de transparência nos repasses financeiros feitos pelo Estado.

Também é precisar considerar os escândalos, cada vez mais frequentes, envolvendo organizações sociais em Goiás e em outros estados e lembrar que as OSs são, na prática, empresas privadas contratadas pela gestão para gerir o serviço que deveria ser administrado pelo poder público.   

Nesse sentido, o Sindsaúde repudia a possível terceirização da saúde em Anápolis e reitera que buscará o diálogo e o apoio de outras instâncias para evitar que serviços tão relevantes sejam entregues à iniciativa privada.  Por fim, o Sindicato reafirma seu posicionamento permanente em defesa da realização do concurso público e da gestão direta como forma dar mais segurança ao trabalhador e aos usuários do SUS.