Após prefeitura tentar barrar manifestação de servidores, Sindsaúde se reúne com gestão de Gustavo Mendanha nesta terça (25)
O encontro entre o Sindsaúde; o secretário de Finanças de Aparecida de Goiânia, André Rosa; e o procurador Geral do Município, Fábio Camargo está previsto para às 16h desta terça-feira (25). Na pauta, estão reivindicação dos trabalhadores da saúde que se arrastam por dois anos.
Antes, às 14h30, o Sindicato também participa da Mesa de Negociação Permanente do SUS para tratar de interesses dos servidores. Já na quarta-feira (26), 9h, os trabalhadores voltam a se reunir em assembleia no Paço Municipal para avaliar o movimento e possíveis negociações.
Manifestação
A reunião desta terça-feira faz parte das diversas tentativas do Sindsaúde de negociar o cumprimento de demandas da categoria como o pagamento da reposição salarial (data-base) e o cumprimento do integral do plano de carreira.
A falta de avanços resultou em uma manifestação com a adesão de cerca de 300 trabalhadores na manhã de ontem (24). A concentração ocorreu em frente ao Cais Nova Era, no Jardim Nova Era.
Os servidores se concentraram por volta das 9h e permaneceram mobilizados até às 11h30 da manhã. Com bandeiras e carro de som, a categoria protestou contra o congelamento da data-base de 2020 e 2021 e da progressão de carreira e a falta de empenho da gestão de construir um acordo. Outra reivindicação é o pagamento do piso salarial dos Agentes de Saúde (ACS) e de Endemias (ACE) que hoje está em R$ 1.550.
Em determinado momento, os trabalhadores deixaram o Cais e seguiram em passeata pela Av. São João até o Ambulatório Multiprofissional de Aparecida de Goiânia (Amag) e de lá retornaram para o Cais pela Av. Rio Verde.
Intimidação
A postura inusitada da gestão do prefeito Gustavo Mendanha de tentar impedir que o ato ocorresse surpreendeu os trabalhadores e chamou atenção da imprensa que acompanhava o ato.
A prefeitura tentou barrar a manifestação dos trabalhadores conseguindo, na Justiça, uma liminar para que a mobilização fosse suspensa. O Sindicato recebeu a notificação feita por um oficial de justiça ainda durante o protesto, mas manteve o protesto.
“Embora vejamos com muita tristeza a postura da prefeitura de tentar cercear a legítima mobilização de seus servidores, nós não vamos retroceder. Vamos continuar organizados e abertos ao diálogo como sempre estivemos”, destacou o presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi.
Data-base
Apesar da prefeitura alegar que “já iniciou os trabalhos de reavaliação do plano, realizado com os representantes sindicais” e que “não foi possível realizar a correção da data-base em virtude da Lei Federal n° 173/2020”, o presidente Ricardo Manzi lembra que a lei só proíbe a concessão da data-base se ela estiver acima do índice da inflação.
Manzi ressaltou ainda que espera que as negociações avancem durante a reunião desta terça-feira (25), e alertou que “a categoria está disposta a seguir mobilizada pelo tempo que for preciso”.
Outras reivindicações
Além das reivindicações já elencadas, o Sindsaúde cobra ainda o cumprimento da proporcionalidade salarial entre níveis, prevista no Artigo 7° da Lei 085/14 e a inclusão dos motoristas de ambulância e servidores administrativos no plano de carreira da saúde.