ESTADO: Sindsaúde discute progressão, plano de carreira e terceirização com titular da Segplan
A presidenta, Flaviana Alves, e a diretora do Sindsaúde, Irani Tranqueira, se reuniram na última quarta-feira (29) com o secretário estadual de Gestão e Planejamento (Segplan), Joaquim Mesquita. Durante o encontro, o Sindsaúde cobrou o pagamento das progressões horizontais e a valorização da categoria. A terceirização dos hospitais goianos também foi discutida. A reunião ocorreu no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Mesquita solicitou a formalização do pedido via requerimento, mas se comprometeu em investigar o motivo da falta de pagamento dessas progressões. Cerca de 1,200 servidor@s ainda foram contemplados com a mudança de letra que deveria ter ocorrido no final de dezembro de 2017 e que está prevista na Lei 18.464/14. Esse grupo de servidor@s ainda tem direito ao valor retroativo.
Plano de carreira
Na ocasião, Flaviana ressaltou as constantes perdas salariais acumuladas pela categoria nos últimos 7 anos gerando um prejuízo de quase 80% e enfatizou a necessidade de o governador promover ações que valorizarem os servidor@s, assim como tem feito com outras categorias.
O Sindsaúde também relatou ao secretário que os trabalhador@s receberam com muita decepção a decisão do governo de não conceder um novo plano de carreira. “Estado decidiu priorizar as Organizações Sociais ao invés de valorizar o servid@r”, expôs Flaviana.
O secretário voltou a justificar que faltou dinheiro para implementar a proposta em 2018 e afirmou que neste ano não há como conceder nenhum tipo de reposição. No entanto, ele sugeriu que novas propostas sejam discutidas durante a elaboração do orçamento para os próximos anos. “O trabalhad@r não pode esperar mais! Ele está tendo prejuízo é agora”, contestou Flaviana.
OS na Saúde
A presidenta do Sindsaúde também criticou fortemente o modelo de gestão por organização social. Já o secretário defendeu a terceirização e disse que José Eliton pretende continuar com esse modelo. Ele afirma que “do ponto de vista da eficácia, elas [OSs] resolveram o problema”, mas que o governo está aberto a sugestões que possam aperfeiçoar e melhorar esse modelo.
Ao contestar o modelo, Flaviana argumentou que “o Estado gasta mais um R$ 1 bilhão com as OSs e deixa de investir no servid@r efetivo. Além disso, os hospitais enfrentam falta de insumos e os servidor@s terceirizados sofrem com o atraso de salário. Falta inclusive, fiscalização”.
Flaviana justificou ainda que o quadro integral de servidor@s efetivos na saúde faz bem à sociedade. “Muitos trabalhador@s terceirizados que não gozam da mesma estabilidade que os servidor@s públicos, enfrentam perseguição e têm medo de denunciar possíveis irregularidades nos hospitais porque teme perder o emprego. A gente sabe que isso acontece”.
Proposta
Para mudar a realidade nos hospitais estaduais e a do trabalhad@r, o Sindsaúde propôs a criação um grupo de trabalho envolvendo os sindicatos, a Segplan e a Secretaria Estadual de Saúde. O resultado seria a ampliação dos investimentos na área da Saúde e, principalmente na valorização do servid@r público.