Possibilidade de remoções no Hugo com troca de OS causa apreensão em trabalhadores concursados

 Possibilidade de remoções no Hugo com troca de OS causa apreensão em trabalhadores concursados

O Sindsaúde acompanhou uma reunião realizada nesta segunda-feira (13) entre o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, e os trabalhadores concursados do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Diante da iminente chegada de uma nova Organização Social (OS) para assumir a gestão do hospital, os trabalhadores expressaram preocupação com a possibilidade de remoções e solicitaram a presença do Sindicato.

Durante o encontro, o secretário de Saúde sugeriu que a decisão de colocar esses servidores à disposição de outras unidades ficaria a cargo da Organização Social. Em suas palavras, a OS teria a responsabilidade de determinar quem permaneceria e quem seria removido.

O titular da pasta da Saúde ainda sugeriu que os trabalhadores que desejarem continuar na unidade precisarão se qualificar. No entanto, os trabalhadores afirmam nunca terem tido acesso a nenhum tipo de formação no hospital. Além disso, denunciam a falta de fornecimento de crachás, uniformes e de condições trabalho.

Falta de oportunidades

Durante sua intervenção na reunião, a presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, enfatizou que a decisão de manter os servidores efetivos deve ser política e que não pode ser deixada a cargo da OS. Ela destacou a importância do trabalho dos servidores do Hugo antes mesmo da implantação das OSs e ressaltou a necessidade de o Estado garantir oportunidades de qualificação para esses profissionais, o que nunca ocorreu.

Néia contextualizou que muitos dos trabalhadores estão na unidade há muito tempo, passando por diversas trocas de gestão. Isso evidencia que o problema de adaptação não está nos trabalhadores, mas sim no Estado, que não cumpre seu papel de gestor direto das unidades de saúde e terceiriza para as organizações sociais, sem a devida fiscalização e que efetivamente não conseguem atender às necessidades dos usuários do SUS.

Ao final, a presidente do Sindsaúde reiterou que a culpa não pode recair sobre os servidores e que eles não devem ser penalizados por mudanças abruptas, desprovidas de planejamento e por interesses financeiros.

Ela ressaltou que é fundamental garantir a manutenção desses trabalhadores em virtude da experiência acumulada por cada um em suas atividades laborais e bem como assegurar a formação permanente desses trabalhadores, conforme o Plano Estadual de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde em construção na Secretaria de Estado da Saúde (SES). A presidente concluiu sua fala reforçando que os interesses privados não podem sobrepor os interesses públicos.

O Sindsaúde continuará acompanhando a situação dos trabalhadores do Hugo e tomará todas as medidas, inclusive legais, para resguardar os direitos e a dignidade dos trabalhadores da Secretaria de Estado da Saúde.

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