Profissionais do Samu enfrentam condições precárias de trabalho; Sindsaúde se reúne com trabalhadores
Escassez de EPI’s, inclusive de máscara N95, falta de uniforme e déficit de profissionais são algumas das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no cotidiano. Na sexta-feira (12), o presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, se reuniu na Câmara Municipal de Goiânia com a associação desses trabalhadores.
O encontro ocorreu no gabinete do vereador, Mauro Rubem (PT) que preside a Comissão de Saúde da Câmara. Na ocasião, foram apresentadas as principais reivindicações da categoria.
Dentre as principais queixas relatadas, está o não recebimento da gratificação de insalubridade no valor de 40% insalubridade garantida aos profissionais da saúde que realizam atendimento a pacientes infectados pelo Covid-19 (PL 744/2020). A escassez de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscara N95 e macacão de trabalho também foram apresentados pelos trabalhadores, pois diversos profissionais afirmaram que já foram contaminados e consequentemente contaminaram seus familiares.
A sobrecarga de trabalho também é outra preocupação do Sindsaúde. A quantidade de funcionários é insuficiente para atender a demanda da capital. De acordo com os membros da associação, apenas 80 estão atuando onde deveria ser um quadro de 200 funcionários. A alteração do cargo de motorista para condutor e a criação dos cargos para a categoria, também foram apresentada durante a reunião.
Com 15 anos de atendimento prestado à sociedade, o SAMU é fundamental para a redução de óbitos, tempo de internações e sequelas decorrentes a falta de socorro precoce. Entretanto, o descaso público com o serviço têm comprometido o atendimento na cidade de Goiânia.