Sindsaúde denuncia irregularidades no SAMU de Goiânia desde 2022 e reforça importância da atuação sindical após operação da PF e CGU

 Sindsaúde denuncia irregularidades no SAMU de Goiânia desde 2022 e reforça importância da atuação sindical após operação da PF e CGU

A operação deflagrada nesta sexta-feira (28) pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, denominada Check-up 192, que investiga fraudes em contratos de manutenção de ambulâncias do SAMU de Goiânia, confirma denúncias que o Sindsaúde/GO vem apresentando há mais de dois anos sobre o desmonte do serviço e as péssimas condições de trabalho impostas aos profissionais.

Ainda em agosto de 2022, o diretor do Sindsaúde e deputado Mauro Rubem, vereador à época, protocolou representação no Ministério Público de Goiás denunciando falta de veículos em condições de circular, déficit de pessoal, ausência de controle rigoroso das operações e falta de uniformes.

As irregularidades voltaram a ser apontadas em diversas frentes: auditoria do Ministério da Saúde no final de 2023, suspensão de repasses federais em maio de 2024 devido ao mau uso dos recursos da frota e sucessivas cobranças feitas pelo sindicato junto ao Ministério Público, Tribunal de Contas dos Municípios, Polícia Federal e Secretaria Municipal de Saúde.

Assembleia dos trabalhadores(as) do SAMU com indicativo de greve (junho/2024)

Ao longo de 2024, o Sindsaúde intensificou mobilizações com a Associação dos Servidores do SAMU, participou de audiências públicas, reuniões no Ministério da Saúde e ações com entidades sindicais diante do agravamento da crise, que resultou, inclusive, em ameaça de paralisação dos trabalhadores. Em agosto de 2024, o TCM cobrou oficialmente prazos da Prefeitura após pressão da categoria e do sindicato.

Para a presidenta do Sindsaúde, Néia Vieira, a operação reforça a gravidade das denúncias feitas pela entidade. “O que vemos agora é a comprovação de tudo o que os trabalhadores vêm alertando há anos. A crise no SAMU não é apenas fruto de má gestão e descaso, foram ações deliberadas de quem estava à frente da Prefeitura de Goiânia, à época, visando sucatear o serviço para justificar tentativas de terceirização. O enfraquecimento dos serviços do SAMU foi intencional, e os trabalhadores e a população que pagaram o preço” destacou.

“O Sindsaúde continuará lutando contra a terceirização do SAMU e cobrando transparência, responsabilização e condições de trabalho dignas para garantir o funcionamento adequado desse serviço de urgência à população”, complementou Néia.

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