Terceirizado, Hurso vive situação crítica com desistência de OS

 Terceirizado, Hurso vive situação crítica com desistência de OS

Trabalhadores apreensivos, falta de insumos, medicamentos, alimentação, atendimentos comprometidos. Esse foi o cenário que diretores do Sindsaúde-GO encontraram durante visita ao Hospital de Urgências da Região Sudoeste Dr Albanir Faleiros Machado (HURSO), localizado em Santa Helena de Goiás e administrado por uma organização social. “Um ambiente de muitas incertezas”, descreveu o diretor Erivânio Herculano.

O Sindicato está acompanhando a situação do hospital após o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (organização social que administra a unidade) desistir de administrar a unidade. A OS também afirmou que vai devolver ao Estado, o Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (Heja) e o Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), localizado em Pirenópolis.

Na ocasião, o Sindicato ouviu trabalhadores e usuários. “Há inúmeros problemas que podem levar tempo para serem completamente solucionados. O hospital tem recebido inclusive, doações.” explica o diretor.

Sem crédito

O fato é que, após a divulgação da saída da OS, muitos fornecedores estão se recusando a vender para a organização social com medo de não receberem. Enquanto pacientes e familiares sofrem com o atendimento comprometido devido à falta de insumos, medicamentos e até de profissionais, trabalhadores celetistas da unidade estão apreensivos por não terem certeza se receberam seus direitos trabalhistas. Eles representam dois terço da força de trabalho na unidade.

Cirurgias chegaram a ser desmarcadas por falta de anestesias e de anestesistas. A diretora do Sindicato, Marlene Soares que também participou da visita, relata que, com a divulgação da rescisão contratual, os profissionais anestesistas interromperam a prestação de serviço, deixando a situação ainda mais crítica.

Durante a visita, o Sindsaúde se reuniu com a direção do IBGH e com uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O Sindicato foi informado que uma comissão de transição está sendo criada e que o abastecimento do hospital e outros recursos necessários para normalização do atendimento estão sendo providenciados.

Ministério Público

Preocupado com a situação, o Sindsaúde recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Em documento encaminhando ao MPE, o Sindsaúde alertou para a necessidade de resguardar a continuidade dos serviços, o cumprimento dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da referida organização social e a assistência continuada à população no hospital estadual de Jaraguá, de Pirenópolis e de Santa Helena. O Sindicato também buscou o Conselho Estadual de Saúde para acompanhar a situação.

Terceirização

O Sindsaúde considera que é fundamental que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) assuma, de vez, a gestão dos hospitais estaduais abandonando a gestão terceirização, uma vez que, até o próprio Ministério Público já questionou esse modelo. o Sindicato considera que a realização de concurso público e a gestão direta desses hospitais são formas seguras de dar mais segurança ao trabalhador e aos usuários do SUS.

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