Trabalhadores do SAMU de Goiânia decidem entrar em greve contra privatização e precariedade das condições de trabalho

 Trabalhadores do SAMU de Goiânia decidem entrar em greve contra privatização e precariedade das condições de trabalho

Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia deliberaram, nesta quarta-feira (12), por entrar em greve. A decisão foi tomada durante uma assembleia geral realizada na sede do Samu, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. A principal reivindicação é que a prefeitura desista da privatização do SAMU. Além disso, os trabalhadores exigem a convocação de mais aprovados do concurso público (Edital 001/2020) para suprir as demandas do órgão e a melhoria das condições de trabalho.

A greve terá início na próxima terça-feira (18), às 9h, após o cumprimento do prazo legal de 72 horas. Nesse dia, os trabalhadores planejam realizar uma mobilização em frente ao Ministério Público de Goiás. Durante esse período, o Sindsaúde, a Associação dos Servidores do Samu, o Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) irão formalizar a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia sobre a decisão da categoria.

A greve, propriamente dita, iniciou quando a prefeitura de Goiânia fez o desmonte do SAMU, impedindo que o serviço funcionasse adequadamente. Nesse sentido, os trabalhadores estão apenas aderindo a um movimento iniciado pela gestão. Hoje, o Samu está funcionando com menos de 30% da sua capacidade total e esse problema não são os trabalhadores”, esclarece a presidente do Sindsaúde-GO, Néia Vieira.

Privatização

A preocupação dos trabalhadores se intensificou com a publicação, na edição do Diário Oficial do Município de 29 de maio de 2024, de um AVISO DE COTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DIRETA. Este aviso contempla a contratação emergencial de uma empresa especializada para prestar serviços em tecnologia, implementação, capacitação, manutenção e informatização das centrais de regulação do Serviço de Remoção – Suporte Avançado, fornecimento de mão de obra, teleassistência e telepropedêutica aplicada a urgências e emergências, por um período de 180 dias.

As entidades sindicais e os trabalhadores do SAMU alertam que essa movimentação por parte da Secretaria Municipal de Saúde é um sinal evidente da privatização do serviço, uma medida que comprometerá a qualidade e a eficiência do atendimento de urgência e emergência em Goiânia.

Condições de trabalho

Além da falta de profissionais para a atender a demanda, as condições de operação das ambulâncias estão comprometidas. Conforme informações apuradas pelo Sindsaúde, das 17 viaturas do Samu, 10 estavam inoperantes na terça-feira (11) devidos a problemas mecânicos.    

MPE e TCM

As entidades também questionam no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) a decisão da Secretaria Municipal de Saúde de adotar que medias que caracterizam a privatização do SAMU. Outra ação deliberada pelas entidades é levar uma proposta alternativa de gestão para o SAMU ao Ministério da Saúde.

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